SEGURANÇA Profissionais desarmados e evitam agora situações de risco

«Desde que me tiraram a pistola de serviço, evito armar-me em herói.» É com frustração que Jorge Cavalheiro, de 47 anos e guarda-nocturno há 25, passou a evitar situações de maior risco durante o seu patrulhamento pelas ruas da Venteira, na Amadora.
Sem salário fixo, a sua subsistência depende da cobrança de porta em porta e da boa vontade dos moradores e comerciantes. Ele e os 264 colegas, que trabalham actualmente em todo o Pais, estão a ser desarmados pelas forcas de segurança desde o Verão, contrariando um ritual histórico que lhes dava direito a levantar e depositar as armas de serviço nas esquadras da PSP e postos da GNR.
«Sempre nos entregaram armas. De repente, desarmam-nos e obrigam-nos a tirar uma licença de arma de defesa pessoal, como qualquer civil», critica Carlos Tendeiro, do Sindicato Nacional de Guardas-Nocturnos, sublinhando o contra-senso legal:
Este tipo de arma (classe B1) não nos permite proteger terceiros.
Para a usarmos em serviço (visível e colocada a cintura), o director nacional da PSP devia ter emitido um despacho, mas nem isso fez ainda.
Enquanto o MAI mantém silêncio sobre a matéria, a PSP – que vai cobrar 200 euros por cada formação técnica e cívica – diz que esta a cumprir o principio da legalidade e invoca a nova lei das armas para justificar esta medida:
Muitos não eram titulares de qualquer licença e outros já tinham a autorização de uso de arma caducada há alguns meses ou anos.
Noticia retirada do blogue: http://gn-venteiraeste.blogspot.com/