Militares aproveitados como guardas

Publicada por Carlos Tendeiro | segunda-feira, outubro 18, 2010 |


Proposta 

A Associação Sócio Profissional dos Guardas-Nocturnos (ASPGN) quer aproveitar os militares "a dispensar pelas Forças Armadas" como guardas-nocturnos e vai apresentar a proposta ao Governo e aos militares. A associação defende que o investimento na segurança é mínimo.

"Veio a público que irão ser dispensados três mil militares que se encontram a contrato e nós achamos que com a formação adquirida nas Forças Armadas se pode reforçar a segurança pública do País, sem custos para o Estado, e aproveitar estes homens como guardas-nocturnos", diz o presidente da ASPGN. Carlos Tendeiro adianta que a associação "vai pedir uma reunião com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas para dar a conhecer as propostas, já que se estes militares quiserem ingressar na profissão de Guarda-Nocturno, se pode reduzir o número de desempregados".

O dirigente lembra que a associação "já apresentou uma proposta de estatuto profissional onde é preconizada a entrada imediata na profissão de elementos que deixem de pertencer às Forças Armadas, desde que não tenham sido expulsos ou afastados por motivos disciplinares". Para que estes militares possam "exercer, de imediato, a actividade de Guarda-Nocturno basta uma portaria, conjunta, dos ministérios da Administração Interna e da Defesa Nacional".

Tendeiro salienta: "Se em cada concelho forem admitidos, em média, cinco guardas-nocturnos podem ser criados mil novos postos de trabalho. A ASPGN alerta que "o único encargo que o Estado poderia vir a ter era voltar a entregar a arma de serviço." O dirigente diz que "o ordenado de um guarda-nocturno é feito através da compensação monetária de entidades particulares ou colectivas, a favor de quem exerce as funções".

In: DN