O recrutamento de guardas-nocturnos para combater a insegurança na Baixa foi uma das propostas colocadas em cima da mesa no decorrer de uma reunião que juntou diversas entidades no Governo CivilO recrutamento de guardas-nocturnos para a Baixa foi uma das possibilidades colocadas em cima da mesa durante uma reunião promovida ontem pelo governador civil de Coimbra, que juntou responsáveis da PSP, Polícia Municipal, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, juntas de freguesia de Santa Cruz e S. Bartolomeu e organismos que prestam apoio na área da toxicodependência. Este encontro surge na sequência de um outro realizado há uma semana, no qual foram analisados os problemas de insegurança ocorridos no último mês na zona do Terreiro da Erva.O recurso aos guardas-nocturnos não passa, para já, de uma proposta, mas sabe-se que foi bem acolhida por todas as entidades presentes no encontro de ontem. O governador civil não quer, para já, falar sobre esta matéria, mas fonte do Governo Civil adiantou que a figura do guarda-nocturno serviria, essencialmente, para sinalizar situações de desordem pública e, simultaneamente, estabelecer uma ligação entre os munícipes e as forças de segurança pública.Carlos Clemente, presidente da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu, diz que esta solução poderá ser «um valor acrescentado» na resolução do problema da insegurança, mas não esconde, por outro lado, a necessidade de existir uma «estreita ligação» entre as forças policiais. Já o seu homólogo de Santa Cruz, Pinto dos Santos, enfatiza a necessidade de continuar a haver um policiamento efectivo e constante na Baixa, embora considere boa a ideia de se recrutarem guardas-nocturnas, uma vez que «são mais uma presença nas ruas».Quem manifesta algumas dúvidas quanto a esta solução é o presidente da Câmara. Embora considere «um bom sinal» o facto de as autoridades de segurança pública reconhecerem que existe um problema de insegurança na Baixa, Carlos Encarnação desconhece em que moldes se processará o recrutamento dos guardas. O que sabe, desde já, é que são precisas medidas para acabar com o problema. Da parte da autarquia, acrescentou Encarnação, há disponibilidade para colaborar a dois níveis, um dos quais já com efeitos práticos. «A Câmara ajuda quando a Polícia Municipal desempenha tarefas que cabem à PSP, libertando-a para a segurança pública. E está disposta a colaborar, colocando câmaras de vigilância nalgumas ruas da Baixa, directamente ligadas à PSP», concluiu.Reforço do policiamento teve resultados positivosSão os presidentes das juntas de freguesia de S. Bartolomeu e Santa Cruz, Carlos Clemente e Pinto dos Santos, respectivamente, quem o confirmam: o reforço do policiamento na Baixa, nos últimos dias, na sequência de alguns problemas registados na zona do Bota Abaixo, atenuou o clima de insegurança que se sentia entre moradores e comerciantes. «É visível a normalização das coisas, depois da intervenção da polícia», constata Carlos Clemente, enquanto Pinto dos Santos entende que «quem andava com más intenções assustou-se».Também o Governo Civil, em comunicado, salienta as «melhorias evidentes no policiamento e no sentimento de segurança dos cidadãos, dos utentes daquela zona e dos autarcas de freguesia». Guardas-nocturnos podem voltar à Baixa de Coimbra
Publicada por Carlos Tendeiro | segunda-feira, fevereiro 26, 2007
O recrutamento de guardas-nocturnos para combater a insegurança na Baixa foi uma das propostas colocadas em cima da mesa no decorrer de uma reunião que juntou diversas entidades no Governo CivilO recrutamento de guardas-nocturnos para a Baixa foi uma das possibilidades colocadas em cima da mesa durante uma reunião promovida ontem pelo governador civil de Coimbra, que juntou responsáveis da PSP, Polícia Municipal, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, juntas de freguesia de Santa Cruz e S. Bartolomeu e organismos que prestam apoio na área da toxicodependência. Este encontro surge na sequência de um outro realizado há uma semana, no qual foram analisados os problemas de insegurança ocorridos no último mês na zona do Terreiro da Erva.O recurso aos guardas-nocturnos não passa, para já, de uma proposta, mas sabe-se que foi bem acolhida por todas as entidades presentes no encontro de ontem. O governador civil não quer, para já, falar sobre esta matéria, mas fonte do Governo Civil adiantou que a figura do guarda-nocturno serviria, essencialmente, para sinalizar situações de desordem pública e, simultaneamente, estabelecer uma ligação entre os munícipes e as forças de segurança pública.Carlos Clemente, presidente da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu, diz que esta solução poderá ser «um valor acrescentado» na resolução do problema da insegurança, mas não esconde, por outro lado, a necessidade de existir uma «estreita ligação» entre as forças policiais. Já o seu homólogo de Santa Cruz, Pinto dos Santos, enfatiza a necessidade de continuar a haver um policiamento efectivo e constante na Baixa, embora considere boa a ideia de se recrutarem guardas-nocturnas, uma vez que «são mais uma presença nas ruas».Quem manifesta algumas dúvidas quanto a esta solução é o presidente da Câmara. Embora considere «um bom sinal» o facto de as autoridades de segurança pública reconhecerem que existe um problema de insegurança na Baixa, Carlos Encarnação desconhece em que moldes se processará o recrutamento dos guardas. O que sabe, desde já, é que são precisas medidas para acabar com o problema. Da parte da autarquia, acrescentou Encarnação, há disponibilidade para colaborar a dois níveis, um dos quais já com efeitos práticos. «A Câmara ajuda quando a Polícia Municipal desempenha tarefas que cabem à PSP, libertando-a para a segurança pública. E está disposta a colaborar, colocando câmaras de vigilância nalgumas ruas da Baixa, directamente ligadas à PSP», concluiu.Reforço do policiamento teve resultados positivosSão os presidentes das juntas de freguesia de S. Bartolomeu e Santa Cruz, Carlos Clemente e Pinto dos Santos, respectivamente, quem o confirmam: o reforço do policiamento na Baixa, nos últimos dias, na sequência de alguns problemas registados na zona do Bota Abaixo, atenuou o clima de insegurança que se sentia entre moradores e comerciantes. «É visível a normalização das coisas, depois da intervenção da polícia», constata Carlos Clemente, enquanto Pinto dos Santos entende que «quem andava com más intenções assustou-se».Também o Governo Civil, em comunicado, salienta as «melhorias evidentes no policiamento e no sentimento de segurança dos cidadãos, dos utentes daquela zona e dos autarcas de freguesia».