
Guardas-nocturnos sem meios para situações de riscoOs guardas-nocturnos que prestam serviço em Aveiro estão preocupados com a sua falta de segurança.O alerta é feito pelo presidente da Associação Nacional dos Guardas-Nocturnos, Fernando Rodrigues que disse ao JN que a "situação é preocupante".Em causa está a falta de armas, cassetetes e meios rádios, que deveriam ser disponibilizados pela PSP ou pela GNR para que os guardas-nocturnos possam exercer em segurança a sua actividade."Parece que só quando morrer algum dos guardas-nocturnos é que o problema se resolve", disse Fernando Rodrigues.Na realidade, os cerca de doze guardas-nocturnos que desde Julho de 2005 prestam serviço na cidade de Aveiro e os três que existem em Águeda, patrulham as ruas, sem quaisquer meios de defesa.Não possuem qualquer arma, não usam cassetete e os escassos meios rádio que têm, foram disponibilizados pela Associação Nacional dos Guardas-Nocturnos. "A lei diz que a PSP e a GNR deveria disponibilizar esses meios, mas o certo é que não o fazem", disse Fernando Rodrigues. "Ora os guardas-nocturnos prestam um serviço público com enorme risco e não se percebe porque é que o problema não é resolvido", adiantou.Fernando Rodrigues lembrou que na sua actividade, os guardas-nocturnos podem ser confrontados com indivíduos que muitas das vezes actuam armados e referiu que no ano passado, um colega, viu um seu carro cravado de balas, quando andava em ronda."Quando entram ao serviço pedem a arma à polícia e eles dizem que não têm para distribuir e não a dão", acrescentou.O presidente da Associação Nacional dos Guardas-Nocturnos disse que o caso já foi exposto ao Comando de Aveiro da PSP. "Disseram-nos que pediram parecer à área jurídica da Direcção Nacional da PSP, mas até hoje não obtivemos qualquer resposta", disse Fernando Rodrigues.A preocupação dos guardas-nocturnos mas também exposta ao então ministro da Administração Interna, António Costa, mas "até hoje a resposta que obtivemos foi que o assunto passou para o secretário de Estado". "Já lá vai um ano e nada", disse.