O Governo e a Associação Nacional de Municípios (ANMP) estão a discutir uma proposta do Sindicato Nacional de Guardas Nocturnos (SNGN) para a colocação destes profissionais em todos os concelhos do País. A proposta prevê a colocação, "em cada concelho, de cinco guardas-nocturnos", disse ao DN o presidente do SNGN.
Mas é convicção de Carlos Tendeiro que "existem concelhos que poderão suportar muitos mais, reforçando-se a segurança nocturna em todo o país, com mais 1200 elementos". O dirigente lembrou que "a formação destes guardas poderá, inclusive, significar uma redução do número da taxa de desemprego, sem grandes custas para o Governo, pois existem linhas de apoio para quem desenvolva actividade por iniciativa própria".
Tendeiro apontou a criação destes profissionais como "uma mais-valia na prevenção e combate à criminalidade" já que os guardas nocturnos "recolhem na rua muita informação sobre os mais variados crimes - porque só trabalham de noite - que encaminhamos sempre para as forças da autoridade com quem colaboramos em proximidade".
A proposta "já foi abordada" numa reunião entre a ANMP e a secretária de Estado da Administração Interna, conforme confirmou ao DN o presidente dos municípios, Fernando Ruas.
O presidente da ANMP adiantou que "está prevista uma nova reunião para discutir o assunto e ver em que moldes se pode operacionalizar". Ruas salientou, contudo, "a mais-valia para as populações, sobretudo nas zonas do interior onde os efectivos policiais são mais reduzidos.
Entre as funções dos guardas-nocturnos consta o auxílio e colaboração com a acção da PSP ou GNR, entre as 00.00 e as 6.00, para uma maior vigilância nocturna.
Em Portugal, os guardas-nocturnos usam um uniforme igual ao da PSP e as rondas pela sua zona de actuação podem ser feitas a pé ou numa viatura própria. Geralmente, aos beneficiários contribuintes, são distribuídos distintivos autocolantes, para serem colocados nas suas viaturas e instalações, assinalando que as mesmas estão sujeitas a vigilância prioritária.