Guardas-noturnos deixam população mais segura

Publicada por Unknown | quinta-feira, novembro 22, 2012

Já há vários anos que a população barreirense conta com a presença de guardas-noturnos que patrulham as freguesias do Alto do Seixalinho, Lavradio, Coina, Santo António da Charneca e Barreiro. Um trabalho com alguns riscos mas que estes profissionais assumem fazer “como um serviço público à população”.

Poderiam ser apelidados de «anjos da noite» que velam pelo sono da população do Barreiro mas gostam de ser discretos e passar despercebidos na noite barreirense. Há já vários anos que os guardas-noturnos patrulham as ruas do concelho do Barreiro, neste momento nas freguesias do Barreiro, do Alto do Seixalinho, Coina, Santo António da Charneca e Lavradio.
Estes trabalham numa atividade para-policial, exercendo assim um serviço público, prestando auxílio às Forças de Segurança e de Proteção Civil. Sobrevivem das contribuições particulares e coletivas e neste concelho contam com o apoio da Câmara Municipal que não só é contribuinte como os auxilia na admissão de novos colaboradores.
Em conversa com dois dos guardas do concelho, Carlos Portelada, de 52 anos, desabafa que “as condições de trabalho são proporcionadas na medida do possível”, dentro do seu orçamento, sendo que cada guarda tem de pagar a sua formação, licença de porte de arma, equipamento, entre outros custos. Quando questionados sobre a ação da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) só tecem elogios. Carlos Moniz, de 30 anos, afirma não ter “qualquer tipo de queixa”. “Sempre que necessitei da colaboração da PSP não tive problema; foram sempre muito rápidos”, afirma, acrescentando ainda que “os próprios agentes pedem para os chamarem em qualquer situação de perigo eminente”.
 
Os dois guardas-noturnos queixam-se da legislação que não os ajuda mas o gosto pela profissão, pelo serviço ao próximo e a proximidade com a população constituem a principal motivação que os faz sair de casa todas as noites. “Nós temos contribuintes que são como amigos. Há idosos que, de noite, nos contactam porque precisam de um medicamento ou de alguma ajuda; nós vigilamos mas também ajudamos quando e no que for necessário”, confessam.
 
Como em todas as profissões, também correm riscos mas preferem ver o lado positivo da mesma. Contam, por isso, com meia dúzia de histórias engraçadas passadas na noite, nomeadamente no Parque da Cidade, onde assumem já ter apanhado «alguns sustos» mas dizem que nada os demove.