Os Serenos (Guardas-Nocturnos de Espanha) começaram a
desenvolver as suas funções em 1715, sendo documentado pela primeira vez
através de um ofício publicado em Decreto Real de 16 de Setembro de 1824, que
regulamentou pela primeira vez a actividade nas Capitais de Provincia, tendo a
actividade sido praticamente extinta nos finais do seculo XX.
O Sereno estava encarregue de vigiar as ruas e controlar a
iluminação durante a noite, em alguns casos abria as portas dos residentes
(ficando à guarda das chaves), andando armado com um cassetete ou um chuzo,
usava como meio de comunicação um apito para dar o alerta de algum crime ou incêndio.
Em alguns países do Sul da América também existiam Serenos. No Perú eram
chamados de Serenazgo.
Era dever do Sereno percorrer constantemente as ruas da sua área,
de modo as manter livres de ladrões e malfeitores, evitando também brigas
domésticas, comunicava de imediato a detecção de incêndios, ajudava na recolha
de pessoas abandonadas na rua, prestava auxílio a quem carecia ou solicitasse.
Em certos casos eram usados sinais de apitos, de modo a permitir a comunicação
com outros Serenos. Ao longo da sua ronda ia anunciando as horas e as condições
atmosféricas (a exemplo, meia noite e sereno – de onde provem a sua
denominação).
Actualmente está-se a voltar a implementar a figura do
Sereno em algumas Províncias Espanholas, a exemplo o "Programa de Serenos
de Gijón", localidade pertencente ao Principado das Astúrias, onde foi
impulsionada a formação e a criação do Corpo de Serenos Municipais e também no
bairro Madrileno de Chamberí.
No início o Sereno vivia das contribuições ou gorjetas das
pessoas da sua área, mas ao longo do tempo foram ganhando um vencimento dos municípios,
n.r. o que causou problemas que iam levando à extinção dos serenos em Espanha.
Em: Wikipédia.