Criação de Emprego

Publicada por Unknown | domingo, novembro 17, 2013 | , , ,

Portugal tem 308 municípios, se cada um tiver em média 5 áreas de actuação de Guarda-Nocturno, haveriam 1540 áreas de actuação.

Em Portugal existem cerca de 300 Guardas-Nocturnos.

Com o exemplo acima poderiam ser criados 1240 novos postos de trabalho.

Poderíamos ter as ruas a ser patrulhadas diariamente por 1540 Guardas-Nocturnos, com os claros benefícios para a segurança pública, mas também uma mais valia para o serviço desempenhado pelas forças de segurança do Estado, quer pela estreita colaboração existente, quer pelo facto de os Guardas-Nocturnos efectuarem um serviço de proximidade de excelência com a população, população essa que garante o seu vencimento.

Existem estudos académicos que fazem referência à existência de Guardas-Nocturnos desde o Século XIV.

Existem dados mais frequentes sobre a profissão a partir do Século XIX, nomeadamente na altura em que foi criada a Policia Civil, actual Policia de Segurança Pública.

Assim não estamos a falar em nada de novo, nada que nunca existiu, aliás, estamos a falar de uma profissão que tem mantido as origens, o que tem permitido a sua existência ao longo dos séculos, satisfazendo a vontade dos portugueses.

Se não existem mais Guardas-Nocturnos, não é por falta de candidatos, bem pelo contrário, temos é assistindo a uma resistência sem lógica, por parte de algumas autarquias em criarem zonas de actuação e posteriores processos de selecção.

Podemos dar o exemplo de dois casos concretos.

Na Caldas da Rainha desde 2003 que se falam em licenciar Guardas-Nocturnos, passados 10 anos, ainda não aconteceu.

Em Albufeira há dois anos que o processo é falado, até hoje, nada.

Dois exemplos em que esta associação teve contactos com as autarquias, pelo que não conseguimos compreender o porquê de ainda não terem sido emitidas licenças de Guardas-Nocturnos.

Existem Câmaras Municipais que mencionam não haver criminalidade que justifique a criação do serviço, que a ser verdade, é uma análise muito errada, pois a segurança comunitária deve começar sempre na prevenção, nunca na repressão, não devemos actuar depois do um crime ocorrer, mas sim prevenir para que ele nunca venha a acontecer e se acontecer que seja detectado atempadamente, mas para isso são preciso meios humanos na rua, nunca esquecendo que se os Guardas-Nocturnos existem, deve-se essencialmente às contribuições feitas pela população, que garantem assim o seu vencimento, pelo que não conseguimos compreender este tipo de resposta.

Com este tipo de entendimento, não se criam postos de trabalho, postos esses que não têm custas para o erário público, privando a população de ver reforçada a sua segurança e a dos seus bens.

Empregos até existem, por vezes não existe é vontade em os criar.

Vá-se lá saber o porquê...