Eu comecei a correr e só parei no Terreiro do Paço, com falta de ar e uma lente partida. O Santa Rita, foi para o Torel na ramona com as putas, e só saíu uma semana depois, pronto para outra (como de costume).
No regresso ao meu quarto, a pé pela linha do eléctico. Olhava eu as estrelas, interrogando-me sobre o futuro de Portugal, quando o vi passar num fiacre com a barba ao vento e os óculos encavalitados no nariz.
E foi a última vez que ví Proudhon. Tudo por culpa do cabrão do Sá-Carneiro…
Fernando Pessoa
(por gentileza da Fundação de Estudos Pessoanos)